Volta Redonda discute políticas de saúde mental na atualidade

Fórum, realizado na manhã desta sexta-feira, dia 22, reuniu representantes de 12 municípios da região

 Cerca de 300 pessoas participaram na manhã desta sexta-feira, dia 22, do Fórum Políticas de Saúde Mental na Atualidade – Desafios, organizado pelo setor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Volta Redonda em parceria com a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Médio Paraíba. O evento reuniu profissionais da área de 12 municípios da região, além de estudantes e estagiários da área de saúde e usuários e familiares dos serviços de saúde mental.

A palestra “Política de Saúde Mental na Atualidade – Desafios” foi ministrada pela médica Psiquiatra Ana Paula Gurjol, que é PHD em Saúde Pública e pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LAPS) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

Em seguida, os participantes foram divididos em grupos para discutir propostas para o atendimento às pessoas em sofrimento psíquico leve, moderado e/ou grave a partir de três eixos temáticos: O SUS como direito na atenção psicossocial; A consolidação do SUS na política de atenção psicossocial; e O financiamento na atenção psicossocial. As mediadoras foram a assistente social, Anastácia Mariana da Costa Melo; e psicóloga Carla Braga.

O secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, abriu o fórum, lembrando que o município conta com uma rede completa de atendimento ao paciente da saúde mental. “São cinco Caps (Centros de Atenção Psicossocial), quatro Residências Terapêuticas, ambulatório, além de leitos para internação de curta permanência”, citou, acrescentando que a discussão em torno do assunto é oportuna já que se discute lei que permite o retorno das instituições de internação de longa permanência no país.

De acordo com o secretário de Saúde de Itatiaia, Nilton Neves, que prestigiou o evento, Volta Redonda é exemplo quando se trata do programa de saúde mental. “Estamos começando a implantar o serviço de atenção psicossocial em Itatiaia e Volta Redonda é uma referência nesse setor. Por meio do fórum, ficaremos munidos de informações e orientações que poderemos levar para o nosso município”, disse Nilton Neves, que trouxe uma equipe da secretaria com ele.

A estudante Suellen Denise Vieira da Cruz, que faz o curso técnico de enfermagem no Itec (Instituto Tecnológico de Capacitação) acredita que o fórum vai enriquecer seu currículo e contribuir para a carreira profissional. “Já atuo como estagiária no Caps da Vila e do Conforto e ainda no Cais Aterrado”, estou muito empolgada e pretendo me especializar em saúde mental.

O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, afirma que o município tem uma preocupação especial com a Saúde Mental. Além de uma rede completa com diversas unidades, o programa conta com profissionais capacitados à frente do tratamento. “A realização do fórum é uma amostra da preocupação da secretaria com a atualização dos profissionais e dos serviços prestados à população”, falou.

SAÚDE MENTAL –  A coordenadora do setor de Saúde Mental de Volta Redonda, Renata Vasques, enumerou os serviços disponibilizados na rede de atendimento de Volta Redonda.

 programa conta com três CAPS Adultos (CAPS Vila Esperança, CAPS Usina dos Sonhos e CAPS Sérgio Sibilio Fritsch, no Jardim Belvedere), um CAPS para crianças e adolescentes (CAPSi Viva Vida, na Vila Mury), um CAPS para usuários de álcool e outras drogas (CAPS AD).

Os pacientes da saúde mental ainda dispõem do Espaço de Cuidado, que fica no Estádio Raulino de Oliveira. É um ambulatório adulto, que funciona na Policlínica da Cidadania.

Além disso, o município conta com quatro residências terapêuticas, serviços que atuam como moradias destinadas as pessoas com transtornos mentais que pelo fato de terem permanecido em longas internações psiquiátricas estão impossibilitadas de retornarem às suas famílias de origem.

A rede de saúde mental do município dispõe, também, de 16 leitos de internação psiquiátrica e de desintoxicação no CAIS Aterrado para o atendimento aos pacientes em crise. São internações de curta permanência.

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