URGENTE: Primeiro caso no RJ é em Barra Mansa.

O primeiro caso de COVID-19 no Rio de Janeiro é de uma mulher em Barra Mansa, no Sul Fluminense. O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, informou que a paciente, de 27 anos, esteve na Itália (na Lombardia, região mais atingida pelo surto no país) e Alemanha entre 9 e 23 de fevereiro. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde de Barra Mansa, ela também passou por Portugal. A paciente procurou uma unidade de saúde no dia 1º de março.

O caso é importado. Ela está bem de saúde, é uma forma branda, como são 85% dos casos. Segue em isolamento domiciliar. Os familiares estão sendo acompanhados e nenhum apresentou sintomas respiratórios.

Os primeiros sintomas, tosse e coriza, surgiram no dia 17 — durante a viagem —, quadro que não se apresentou no voo de volta. O marido, que não apresenta sintomas, viajou junto com ela. De acordo com a Secretaria municipal de Barra Mansa, a mulher foi medicada no dia 20, em Portugal, com anti-inflamatório.

O marido e outros familiares estão sendo acompanhados pela Secretaria de Vigilância Municipal de Barra Mansa. De acordo com o secretário estadual de Saúde, a paciente não ficará isolada do marido dentro da casa. Eles só estão orientados a não terem contato direto para evitar contaminações.

— Não há isolamento completo da paciente dentro da casa — afirmou. — Ela fica em isolamento de 20 dias após o início dos sintomas. É um protocolo um pouco ampliado. As informações que temos podem mudar ao longo do tempo. A gente ainda vai continuar aprendendo sobre o vírus.

De acordo com o secretário, o estado do Rio decidiu estender, “por precaução”, o protocolo internacional, de 14 dias de isolamento.

A paciente deu entrada com sintomas no hospital Santa Casa de Barra Mansa no domingo, 1º de março e, no dia seguinte, realizou a coleta para exames. O Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ) recebeu o material no próprio dia 2 e, no dia 3, emitiu laudo. A Fiocruz também recebeu amostra e confirmou o caso suspeito nesta quinta-feira.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada para comunicar aos passageiros das poltronas próximas da moradora de Barra Mansa no voo de volta da Itália. Essas pessoas serão contactadas para saber se estão com sintomas e também serão acompanhadas.

Os profissionais de saúde em Barra Mansa também estão sendo acompanhados. E se apresentarem sintomas serão acompanhados como casos suspeitos.

— Quero tranquilizar a população de que não há transmissão dentro do estado do Rio. Esse é um caso importado — afirmou o secretário. — Enfatizamos os cuidados: proteção de boca e nariz sempre que for tossir ou espirrar. A lavagem de mão frequente é o mais eficaz. Lavagem pode ser com água ou sabão. O álcool em gel pode ser utilizado, mas não é obrigatório. Evitar utensílios emprestados, beber na mesma garrafa e sempre que tiver qualquer dúvida relacionada ao estado de saúde, procurar orientação médico.

Segundo o secretário, a população pode ajudar se protegendo de outras doenças:

— Havendo uma eventual epidemia pelo coronavírus, é importante que não tenhamos sobreposição com outras epidemias. Se alguém quer ajudar, por favor vão se vacinar contra o sarampo. A campanha continua aberta e será estendida. E vamos abrir a para a gripe e combatam os criadouros de mosquitos. Com isso evitará casos de sarampo, casos graves de gripe, zika, dengue e isso ajudará muito uma eventual epidemia de coronavírus — afirmou Edmar Santos.

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