A incerteza sobre o reinício das competições, a fuga de patrocinadores, contratos encerrando, são alguns dos inúmeros problemas que os dirigentes dos clubes de menor investimento enfrentam durante a paralização das atividades devido ao coronavírus.
No Volta Redonda não é diferente. Apesar da maioria dos jogadores terem feito contrato até o final do ano, alguns deles estão com contratos prestes a encerrar. São os casos do zagueiro Heitor cujo contrato já se encerrou, Bernardo, Oliveira, Marquinhos e William Mineiro com vencimento em 30 de abril. Segundo Flávio Horta Junior, a intensão é manter o elenco, mas depende de acerto com os atletas.
“A gente está conversando com todos os atletas que estão com contratos por vencer mas tudo ainda na base de conversas, pois dependemos de diversos fatores para saber o caminho a seguir”.disse.
A maior preocupação diz respeito ao lado financeiro. A manutenção dos patrocinadores é uma tarefa complicada pois os próprios dirigentes não estão otimistas.
“Precisamos saber o tamanho da nossa perda de receita entre a cota da Globo e praticamente todos os patrocinadores que sinalizaram dificuldades. O que posso garantir é que temos conversado com todos os atletas” garante o dirigente
Apesar da Federação de Futebol do Rio de Janeiro sinalizar com a possibilidade de retornar com o estadual sem publico em maio, não se tem noticia sobre o Campeonato Brasileiro da Série C que passa a ser a principal fonte de renda para o segundo semestre. A CBF também pretende manter o calendário, mas deverá fazer mudança no regulamento diminuindo drasticamente o número de jogos, sinalizando que todos certames terão menos representando menor arrecadação dos clubes participantes.
“Precisamos saber quando o campeonato volta, pois não tem como fazer qualquer previsão sobre o campeonato brasileiro nesse momento ainda mais se formos pensar em vôos, hotéis…” finalizou
FERJ e clubes: protocolo de segurança para o retorno
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e os clubes que disputam a Série A do Campeonato Carioca, em mais uma reunião por vídeo conferência, ratificaram nesta sexta-feira a decisão de terminar o Estadual em campo, tão logo seja permitido o retorno das atividades, e debateram novas diretrizes: a principal delas sendo a criação de um rigoroso protocolo de biossegurança, individual e coletiva, a ser seguido por todos os clubes em uma volta gradativa e escalonada dos treinamentos, a ser apresentado às autoridades sanitárias.
No debate, com cerca de duas horas de duração, os representantes dos clubes atualizaram seus cenários esportivos, médicos e econômicos.
Na próxima segunda-feira (13/04), o presidente da FERJ, Dr. Rubens Lopes realizará, por vídeo conferência, uma reunião técnica com os médicos dos clubes para debater a elaboração do protocolo de prevenção do COVID-19 do futebol carioca. A FERJ já deu início a algumas ações para o retorno aos campos, tais como compra de equipamentos de análise e kits de teste para dosagens de imunoglobulinas, descontaminação de ambientes, metodologia e cronograma de treinamentos, etc.
No dia 16 de abril, nova reunião administrativa acontecerá em vídeo conferência.
COB quer manter salário de dirigentes durante rescesso
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) quer que o Ministério da Cidadania elimine temporariamente a regra que impõe teto de 25% dos recursos da Lei Agnelo/Piva destinados a despesas administrativas, o que inclui salários de cartolas, que ganham até R$ 22 mil por mês. O comitê considera que os repasses da LAP serão reduzidos pelos próximos meses e os investimentos no esporte também serão menores, mas que os custos administrativos vão continuar praticamente os mesmos. Proporcionalmente, ficariam maiores.
“O boleto do aluguel vai continuar chegando”, justificou o diretor jurídico do COB, Luciano Hostins, em debate online promovido pelo Instituto Brasileiro Direito Desportivo (IBDD) na semana passada. Procurado pela reportagem, o COB não respondeu às perguntas enviadas e diz que “tomará as medidas administrativas necessárias”.
Hotel de luxo é o novo endereço de Ronaldinho Gaúcho
Localizado no centro em Assunção, o hotel nada tem a ver com a prisão onde estiveram por terem entrado no Paraguai com passaportes falsos.
O local oferece ginásio, terraço, piscina, bar e restaurante. Todos os quartos têm ar condicionado e alguns têm varanda.
De acordo com informações do jornal “Olé”, Ronaldinho Gaúcho, o irmão Assis, o advogado e um assistente são os únicos hóspedes do hotel, que conta com um número de funcionários reduzido por causa da pandemia do novo coronavírus.
Ronaldinho e Assis pagaram, cada um, cerca de 800 mil dólares para saírem da prisão e passarem assim a cumprir pena no hotel.
Agora, a defesa dos irmãos declarou que tentarão a liberação definitiva de seus clientes, enquanto a perícia nos telefones celulares de Ronaldinho e Assis, que começou no dia 18 de março, finalmente foi concluída. O Ministério Público do Paraguai agora segue trabalhando na produção de provas sobre o caso, que já teve 15 pessoas presas.
Manoel Alves (ACERJ 0242)