“Não podemos colocar vidas em risco e até aqui estamos conseguindo controlar o vírus na cidade” disse prefeito
O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, se manifestou favorável a manutenção da flexibilização das atividades econômicas na cidade, como o comércio varejista. Entretanto, com regras claras de monitoramento do avanço do vírus na cidade e da capacidade de leitos hospitalares para atendimento a população. Samuca entregou um relatório de monitoramento à Justiça Estadual, que deverá decidir nos próximos dias sobre a manutenção ou não das atividades econômicas.
Samuca esteve reunido com as entidades empresariais da cidade nesta quinta-feira, dia 14, no auditório do Palácio 17 de Julho. O encontro contou com a presença dos secretários de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rogério Loureiro, e Projetos Especiais e Captação de Recursos, Joselito Magalhães, do Procurador Geral do Município, Augusto Nogueira.
O Ministério Público do Estado do Rio pediu na Justiça que seja desfeito o acordo com a prefeitura para a flexibilização das atividades e o comércio volte a fechar.
O prefeito Samuca Silva destacou que, em Volta Redonda, as atividades econômicas iniciaram a retomada com regras claras e rígidas, que visa a proteção da população à Covid-19, o novo coronavírus.
“Não é abrir o comércio por abrir. Colocamos metas claras de monitoramento do avanço dos casos suspeitos e da ocupação de leitos. Além disso, o comércio pode abrir em horário alternativo para evitar aglomeração pela manhã, obrigamos o uso de máscaras, proibimos qualquer tipo de aglomeração e limitamos o número de clientes nos estabelecimentos, entre outros”, disse o prefeito.
Samuca defende a manutenção dos seis eixos de monitoramento para a reabertura das atividades econômicas. Se um dos eixos for ultrapassado ou descumprido, o comércio fecha novamente.
São eles: o número de casos suspeitos não aumentar mais que 5% por dois dias seguidos (hoje o aumento foi de 2,4%); A ocupação de leitos no CTI não ultrapassar 50% (estando com 11% de ocupação hoje). A ocupação de leitos no Hospital de Campanha não ultrapassar 60% (permanecem em 5,26%); O grupo de risco permanecer em isolamento social; Uso de máscara obrigatório nas ruas; Além de manter a proibição de qualquer tipo de aglomeração.
“Essas metas são claras de monitoramento. Volta Redonda se preparou, abriu leitos de CTI/UTI para casos de Covid-19 e criamos o Hospital de Campanha. Além disso, medidas rápidas de isolamento e quarentena para todos os casos suspeitos se mostraram eficazes. E estamos conseguindo manter o grupo de risco longe do vírus, o que é demonstrado com menos internação e óbitos”, comentou Samuca.
A cidade tem agora 21 óbitos, sendo que mais duas mortes são consideradas suspeitas. Os casos confirmados são 605 e os exames que deram negativo 408. Há 513 pessoas curadas e o número de casos suspeitos também cresceu, chegando a 1.621.