Um homem visionário a frente do seu tempo
Dauro Peixoto Aragão nasceu no dia 24 de agosto de 1931, numa casa coberta de heras, no bairro da Estamparia, em Barra Mansa. Foi o primeiro filho de Estella e Dario Aragão. Mais tarde, Dauro teria uma irmã, Nadya.
Durante a infância, costumava passar as férias com a família no sítio do avô, na Barra do Furado, em Quissamã, onde brincava na companhia da irmã, primos e tios.
O pai era diretor da Loteria do Estado do Rio e por isso Dauro, na adolescência, foi estudar no Colégio José Clemente, em Niterói. Menino do interior, ainda não expressava o espírito brincalhão de hoje. Era mais quieto.
Quanto ao pai, foi um espelho para Dauro. Homem inteligente, um político preocupado com a educação e com as questões sociais. Chamava a atenção a forma de educar os filhos, liberal, mas impondo a responsabilidade pelos seus atos. Dauro sempre valorizou este estilo, que ganhou sua admiração. A mãe, Estella, teve participação intensa na vida do marido e dos filhos e sua longevidade, com certeza, deve-se à sua inteligência e extrema lucidez.
Depois de completar o ginásio, Dauro fez o curso Tuiuti, uma escola preparatória para o Exército, onde conheceu dois amigos que se tornariam inseparáveis: Jairo e César.
Em 1952, passou no vestibular para Medicina na Universidade Federal Fluminense, uma paixão na sua vida. Essa paixão só não pôde ser concretizada por conta do falecimento do pai, que o obrigou a voltar a Barra Mansa para cuidar das providências familiares comuns nessas situações.
Pouco tempo depois, com a ajuda de um amigo, assumia o tabelionato em Volta Redonda, função que exerceria por mais de 50 anos. Mas o inquieto Dauro não ficou só nisso. Teve outras atividades empresariais, sendo uma delas uma casa de pesca em Quissamã.
Na vida pública, sempre foi considerado polêmico e altamente combativo. Era um político ativo, envolvido com a cidade, mas atuava nos bastidores, sem nenhuma obsessão por cargos eletivos.
Em sua vida pessoal, seguiu os passos do pai. Também liberal, muito amoroso, um paizão. Do primeiro casamento nasceram quatro filhos: Andréia, Aline, Dauro e Dario; de sua segunda união vieram Júlio, Maria Teresa e Juliana. E agora, no terceiro casamento, adotou os filhos da esposa, Rômulo e Michelle e muitos netos e bisnetos.
Torcedor do Fluminense, Dauro é considerado muito brincalhão pelos amigos, que também falam de sua sensibilidade e educação na vida profissional, sempre generoso e muito solidário.
Está à frente da Fundação Oswaldo Aranha desde 1998 e foi um dos seus instituidores. Como tabelião de Volta Redonda, foi ele quem leu o Estatuto e registrou a ata de fundação em cartório.
Indicado pelo inseparável amigo Jairo Jogaib, foi na presidência da FOA que aflorou verdadeiramente seu espírito empreendedor.
E também em 98, Dauro, Jairo e Oswaldirpraticamente prepararam todas as documentações necessárias para a criação do Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, pois não terem condições financeiras de contratar uma firma especializada. E em nove meses o sonho se tornou realidade. Tudo graças a ajuda de muitos amigos e políticos que apoiaram a ideia.
A partir daí os avanços começaram. Imediatamente após a inauguração do UniFOA, foram criados mais cinco cursos de graduação, e com isso, obras e construções para todos os lados no campus Olezio Galotti, em Três Poços. Como o próprio Dauro disse, “precisava trazer vida para o campus”.
Além do cunho educacional, uma das características mais marcantes no Presidente, é o trabalho desenvolvido com a comunidade interna e externa. Atendimentos na clínica odontológica, policlínica com várias especialidades médicas, fisioterapia e vários outros serviços, esse carinho e zelo sempre foi uma de suas prioridades.
Uma das coisas que Dauro sempre fez questão de deixar bem claro é que tudo isso foi feito graças ao trabalho de toda equipe, sempre presente nas realizações e nas ideias por uma instituição que preza a formação para a vida.
“Por todas essas realizações, quero deixar o meu mais profundo agradecimento aos funcionários, professores, coordenadores dos cursos, aos Instituidores Beneméritos, e à categoria de institucionais, que criamos para dar continuidade ao nosso trabalho. Enfim, agradeço a todos aqueles que têm colaborado com a Fundação Oswaldo Aranha e com o Centro Universitário de Volta Redonda, porque nós estamos construindo o futuro de nossos filhos e de nossos netos”.