Federação quer a volta ao trabalho mas ainda tem resistência | Toque de Primeira

A Federação de Futebol do Rio, publicou nota de esclarecimento na qual é reforçado o desejo de retorno às “atividades o mais breve que lhes for possível e permitido” e que os mesmos “estão prontos para reiniciar” os treinos, neste primeiro momento, de “forma responsável, restrita, reduzida, sob vigilância, sem aglomerações ou presença de público”. O documento foi assinado por todos os clubes da primeira divisão do Campeonato Carioca, exceto Fluminense e Botafogo

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Os clubes abaixo assinados vêm a público declarar e esclarecer:1 –Por inúmeros motivos os clubes signatáriosdesejam retornar as suas atividades o mais breve que lhes for possível e permitido e estão prontos para reiniciar, em primeira fase, tão somente os treinamentos, de forma responsável, restrita, reduzida, sob vigilância, sem aglomerações ou presença de público e em obediência a um rigoroso protocolo médico de normas e procedimentos imperativos, sempre comprometidos com a preservação da integridade da saúde de todos os envolvidos e também em atenção às medidas de prevenção e combate à disseminação da COVID-19.2 –Ressaltam que mesmo afirmando estarempreparados para reiniciar suas atividades em poucos dias, se assim o for permitido, entendem e cumprem, integralmente, as determinações das autoridades governamentais e de saúde.3 –Reafirmam que tais atividades, sob a rigorosa vigilância e exigências estabelecidas situam-se em posição infinitamente inferior ao risco de exposição e disseminação da COVID-19, em se tratando de comparações com inúmeras outras atividades e segmentos que se encontram já em franca atividade.4 –Esclarecem que no momento o esporte em si reveste-se de menor importância, frente a relevância social da sobrevivência de centenas de famílias dependentes do futebol que já se encontram sofrendo os impactos da escassez de alimentos, desemprego e ausência de salários e proventos.5 –Respeitosamente, submetem aos governantes e autoridades, para conhecimento e análise, com todo rigor técnico e científico,inclusive para modificações que julgarem pertinentes, as condições propostas e constantes do protocolo médico elaborado e que segue em anexo a este documento.Rio de Janeiro, 7de maio de 2020.

AMERICA FOOTBALL CLUBE Presidente Sidney Seixas de Santana

AMERICANO FUTEBOL CLUBE Presidente Carlos Oliveira de Abreu

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PORTUGUESA Presidente Marcelo Barros Gonçalves

BANGU ATLÉTICO CLUBE Presidente Jorge Francisco Varela

FRIBURGUENSE ATLÉTICO CLUBE Representante José Eduardo Siqueira

MADUREIRA ESPORTE CLUBE Presidente Elias José Duba Neto

RESENDE FUTEBOL CLUBE Gestor Alberto Ary Vilardi de Macedo

BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS Presidente Nelson Mufarrej

ASSOCIAÇÃODESPORTIVA CABOFRIENSE  Presidente Valdemir da Silva Mendes

BOAVISTA SPORT CLUB Gestor João Paulo Nabuco Magalhães

MACAÉ ESPORTE FUTEBOL CLUBE Presidente Teodomiro Bittencourt Filho

NOVA IGUAÇU FUTEBOL CLUBE Presidente Jânio Moraes

VOLTA REDONDA FUTEBOL CLUBE Vice-Presidente Flavio C. Horta Jardim Junior

 CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO Presidente Luiz Rodolfo Landim Machado

FLUMINENSE FOOTBALL CLUB Presidente Mario Henrique G. Bittencourt

Vasco da Gama: Presidente Alexandre Campelo

Voltaço monta protocolo de segurança para volta aos treinos

Aguardando a autorização das autoridades para retornar as atividades, o Volta Redonda montou um protocolo de segurança que deverá ser seguido por todos no retorno aos treinamentos. O documento é baseado no protocolo Jogo Seguro, desenvolvido pela Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com os médicos dos clubes que disputam a Série A do Campeonato Carioca.  

O protocolo do Esquadrão de Aço é específico para o clube e prevê como serão realizadas as etapas desde o acolhimento até a rotina de trabalho. Entre as medidas propostas, estão a definição de vagas específicas para chegadas dos atletas, respeitando o distanciamento; montagem de um corredor de segurança para a chegada, com aferição de temperatura; higienização e desinfecção de todo o Centro de Treinamento e de todo o material utilizado; treinamentos com grupo de trabalhos reduzidos; afastamento temporário das pessoas do grupo de risco; entre outras ações.   

Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que estamos falando de uma metodologia de treinos, onde se consegue respeitar o distanciamento, e não de jogos, dos quais o retorno depende de autorizações de órgãos competentes. O protocolo segue à risca as orientações de segurança, claro, adaptando as possibilidades do clube e considerando as restrições impostas pelo governo municipal. Estamos trabalhando para criar um ambiente seguro para todos os envolvidos, jogadores, comissão técnica e funcionários, isso quando tivermos as autorizações para o retorno. Por isso, todas as medidas necessárias ao acolhimento, diagnóstico e execução da rotina de trabalho, deverão ser executadas com o rigor necessário e o comprometimento de todos. Não queremos precipitar, mas, sim, estarmos prontos. O desafio é grande, mas, juntos, vamos vencer – destacou o presidente Flávio Horta.  

Flamengo se prepara mas não quer correr risco

O  Flamengo deu mais um passo dentro de seu escopo, que é retornar às atividades no Ninho do Urubu “no menor prazo possível”, conforme apontado em recente comunicado oficial. Este dia 11 foi  marcado por uma nova leva de testes para o novo coronavírus, rápidos de sorologia, em funcionários, jogadores e familiares, no CT do clube.

Com 38 testes positivos para a COVID-19 dos 293 testados, o Flamengo fechou uma parceria com a Rede D’Or, maior grupo de hospitais do Brasil, para a efetuação dos exames, que serão semanais, sempre às segunda-feiras, durante a pandemia (a princípio).

Em um primeiro momento de quarentena, o Flamengo tratou de adotar medidas para amenizar os efeitos físicos de seus atletas, e uma delas foi a utilização do aplicativo Coach ID, além da emissão de uma cartilha de atividades. O software auxilia os trabalhos de comissões técnicas, como a do Rubro-Negro, em tarefas como planejamento de atividades, treinos táticos, construção de exercícios e análises de jogos. 

Roberto Oliveira, preparador físico do Fla, reclamou publicamente que Rafael Winicki, personal trainer de diversos jogadores do elenco rubro-negro e que não é funcionário do clube, não estaria mantendo contato e dado feedbacks a respeito de desempenhos.

Vasco  pronto para voltar com aos treinos com  máxima segurança’

O presidente do Vasco, Alexandre Campello, apontou os motivos que fizeram com que ele assinasse a nota da FFERJ na qual os clubes reforçam desejo de retornar às “suas atividades o mais breve que lhes for possível e permitido” diante da escalada da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista à Rádio CBN na última sexta-feira, o dirigente destacou.

– A assinatura desta carta divulgada pela FFERJ tem por finalidade demonstrar ao poder público que os clubes vêm trabalhando no sentido de elaborar um protocolo para criar as condições necessárias e um ambiente de conforto e segurança para jogadores e comissão técnica – e, em seguida, frisou:

– Estamos prontos para a retomada do futebol, inicialmente com uma série de restrições no que diz respeito a contato entre atletas e membros da comissão técnica. Tão logo as autoridades entendam que seja possível, o regresso acontecerá com a máxima segurança possível – completou.

Campello mostrou-se preocupado com as condições físicas dos jogadores para a retomada do Cruz-Maltino após este período de paralisação.

– Temos que lembrar que os atletas estão parados por mais de 40 dias. Isto prejudica o condicionamento físico. É bem diferente do período de férias, quando eles ficam 30 dias descansando, mas podem disputar peladas e partidas beneficentes – declarou.

Fluminense explica motivo de não assinar documento por retorno das atividades

Fluminense e Botafogo foram os únicos clubes que não assinaram a carta emitida pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), nesta sexta-feira, pedindo o retorno das atividades o quanto antes. Através de nota oficial, o clube tricolor esclareceu não acreditar que seja o momento do futebol brasileiro dar qualquer sinalização de retorno quando o país inteiro, especialmente o Rio de Janeiro, está com extrema dificuldade de fazer a população cumprir o isolamento social necessário para reduzir o número de contaminações e mortes pela COVID-19. Além disso, reforça que cidades inteiras começam a anunciar medidas ainda mais severas, como o “lockdown”.

O Fluminense ainda reforçou que a posição desde o início da pandemia é de retornar aos treinos presenciais somente quando os órgãos governamentais e de saúde derem o aval para o retorno em segurança de todos os funcionários envolvidos nestas atividades.

Na manhã desta sexta-feira, a Ferj publica  uma nota com o apoio de 14 clubes do Rio de Janeiro, na qual é reforçado o desejo de retorno às “atividades o mais breve que lhes for possível e permitido” e que os mesmos “estão prontos para reiniciar” os treinos, neste primeiro momento, de “forma responsável, restrita, reduzida, sob vigilância, sem aglomerações ou presença de público”. O documento foi assinado por todos os clubes da primeira divisão do Campeonato Carioca, exceto Fluminense e Botafogo.

Honda abre mão de salário por conta da COVID-19,  Botafogo recusou

Ativo nas redes sociais, Keisuke Honda mostrou que suas ações vão além de tuítes. O japonês, diante da dificuldade financeira do Botafogo nos tempos de pandemia do coronavírus, abriu mão do salário de março para ajudar o clube, como Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol, revelou para o “Canal do Nicola” no último sábado.

– Ele (Honda) é um exemplo, tem um comportamento extraordinário. Ficou aqui no Brasil, a família dele está no Japão, e ele tem falado mais com o Ricardo (Rotenberg). Ele comentou: “Estou pensando em não receber o mês de março, sei que o clube está em dificuldade, como não teve jogo…” Ele que sugeriu. Nem demos conversa, já que estamos pagando normalmente – afirmou.

O Botafogo vai pagar o salário dos jogadores de forma integral até maio, como o próprio Montenegro já havia afirmado em outras oportunidades. Se a paralisação das competições continuar, novas negociações com os jogadores para os seguintes meses poderão acontecer.

Em abril, Honda, por meio do Twitter, se pronunciou sobre a redução dos salários nesses tempos de pandemia. Ativo na rede social para causas do tipo, o meio-campista escreveu, na ocasião, que “os gerentes devem solicitar imediatamente cortes salariais em ordem decrescente de salário, caso contrário, mais equipes entrarão em colapso e, com isso, os torcedores ficarão tristes”.

Manoel Alves (ACERJ 0242)