Um pacto necessário

Já faz um tempo que escrevo sobre a necessidade de se construir uma ampla coalizão de governo em Volta Redonda, que defenda as conquistas de vários outros governos e seja capaz de sustentar um projeto de médio e longo prazo que solucione os problemas que assolam a cidade e os cofres públicos. Em uma sociedade de estruturas complexas como a cidade do aço, não se governa em isolamento e alimentado pela tese tosca de que a simples boa vontade do Executivo faz andar a máquina pública. Para que a pluralidade se converta em governança, é preciso de pactos amplos, sob critérios programáticos, é verdade, mas sem a vaidade sectária de se fazer faler uma única visão de cidade. Samuca fez uma convocação, e trouxe pro seu governo uma composição plural, qualificada e experiente para trabalhar daqui pra frente por nossa cidade.

Nelson Gonçalves, Rogério Loureiro e América Tarefa trazem, cada um, compreensões particulares do município, preciosas para se enfrentar a crise fiscal que teima em assolar Volta Redonda. Haverá quem diga sobre “velha política”, e outros adjetivos simplistas. São pessoas que não conseguiram entender a dinâmica da democracia e não absorveram a lição do quanto é trágico embarcar em aventuras utópicas e moralistas. O prefeito foi corajoso e inteligente, e pela cidade reuniu em torno dele um núcleo político de grande capacidade técnica. Logo a cidade vai sentir os efeitos do quanto é positivo formar alianças pluralistas e criteriosas, construídas sob o compromisso de recuperar a cidade e impedir retrocessos. A oposição oportunista, armada de moralismo irreal e órfã de outros tempos anacrônicos, virá a público despejar ilusões nas cabeças mais incautas. Uma oposição que até hoje só ofereceu denuncismo vazio em forma de vídeos amadores mentirosos e sem contexto.

Se a cidade entender e apoiar o pacto proposto pelo prefeito, teremos excelentes notícias, mas é preciso resistir a demagogia oposicionista que quer poder, não o bem de Volta Redonda.

Por Adelson Vidal Alves