Promotores de SP pedem que categoria seja vacinada primeiro contra a covid

Grupo afirma que não se trata de “egoísmo” e alega que categoria trabalha com atendimento ao público em meio à pandemia do novo coronavírus

Em carta, promotores do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediram que a categoria seja vacinada com prioridade contra a covid-19. O documento foi organizado durante reunião do Conselho Superior do Ministério Público e consta na ata do encontro que ocorreu em 24 de novembro. O pedido foi levado ao colegiado pelo promotor Roberto Barbosa Alves, e apresentado pelo conselheiro Arual Martins. O governador João Doria garantiu nesta quinta-feira (3/12) que o início da vacinação no estado será em janeiro.

A ata da reunião em que eles pediram para entrar no primeiro grupo prioritário foi retirada do site do MPSP. O documento seria apresentado no Comitê de Crise do estado, e levado ao governador João Doria. Na carta, revelada pelo jornal Brasil de Fato, a categoria pede que os promotores de Justiça sejam incluídos no  primeiro grupo da vacinação, que atualmente, contempla idosos e profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia.

BRAZIL – 2020/11/10: In this photo illustration a medical syringe seen with CoronaVac logo displayed in the background. Sinovac and Butantan Institute are testing the vaccine in Brazil. (Photo Illustration by Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)

No texto, os promotores afirmam que não se trata de uma questão de “egoísmo” e alegam que trabalham no atendimento ao público. “Não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras, mas tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia”, diz o trecho.

O próprio site do Ministério Público de SP informa que, em diversos setores, reuniões e audiências estão sendo realizadas de maneira remota, sem contato direto entre as pessoas envolvidas. De acordo com a ata, em resposta ao pedido, o procurador-geral de Justiça Mário Luiz Sarrubbo disse que poderia “pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao governo do estado”.

Sarrubbo afirmou ainda que teria ouvido no dia anterior do governador João Doria que se encerraram os testes com a vacina chinesa CoronaVac, e que os documentos seriam encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para registro e liberação do medicamento.